O Ministério do Ambiente e o governo Provincial de Benguela, com o apoio da Imogestin SA, têm em curso um projecto para a reabilitação do Parque Natural Regional de Chimalavera, que pretende devolver á Província de Benguela, e ao país, um tesouro ambiental de protecção de espécies animais e vegetais, tão necessário para o desenvolvimento e enriquecimento do nosso património.
O Parque Natural Regional da Chimalavera, foi estabelecido como reserva especial pelo Diploma Legislativo nº 4124 de 05.06.1971 e elevado á condição de Parque Natural Regional por portaria nº 352 de 15.04.1974.
Situado junto à estrada do Dombe Grande, dista cerca de 30 km da cidade de Benguela, abrange uma área de 150 Km2 maioritariamente constituída por uma planície elevada rodeada por montanhas mais ou menos escarpadas e com altitudes variando entre os 50 m e os 265 m.
Não existindo rios, lagoas ou zonas alagadiças que retenham água por algum tempo, o abeberamento dos animais do Parque está dependente de um furo e uma rede de bombagem e de tanques de distribuição, há muito inoperante, sendo actualmente efectuada por autotanque que, de forma irregular e insuficiente, vão colocando alguma água nos 2 bebedouros existentes.
A cobertura vegetal é escassa e constituída por vegetação herbácea rasteira (capim) e espinheiras (acácias) e, apesar de tudo consegue manter pequenos núcleos de Cabra de Leque e, quando há água, conseguem-se também avistar pequenos bandos de macacos aqui conhecidos como Macaco Cão. No período chuvoso aumenta consideravelmente o numero destas espécies dentro do Parque. A nossa Cabra de Leque – Antidorcas Marsupialis angolensis Blaine, 1922 - é uma das três sub espécies conhecidas, constituindo assim um material genético único, que, a perder-se, não mais seria possível recuperar.
Embora exista a informação e o conhecimento que outrora existiam aqui outras espécies, tais como Zebras, Cabra das Pedras, Chacais, etc. já há vários anos que não há notícias do seu avistamento na área do Parque.
Anteriormente existia uma vedação em estacas de betão e arame, que abrangiam apenas parte da periferia do parque, já que se considerava que outras zonas, por serem constituídas por falésias, constituíam uma barreira natural. Esta vedação é hoje inexistente.
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